quinta-feira, 12 de abril de 2012

Gincana Hanseníase: SEGUNDA PROVA


A equipe PCP do Colégio Estadual Pacaembu, como manda a segunda tarefa a ser cumprida, dirigiu-se à UBS Pacaembu para entrevistar Elisabete Pienes Massaro, a encarregada do tratamento dos pacientes com hanseníase.

PCP: Em nossa comunidade já foram registrados casos? Existem pacientes em tratamento?

ELISABETE: Sim. Em nossa unidade já passaram 11 (onze) pessoas que apresentaram a doença. Nove já estão tratadas e levam uma vida normal, e três estão em pleno tratamento.

PCP: Esses pacientes têm uma idade média?

ELISABETE: A idade varia muito. Nós ja tivemos pacientes de 30 até 84 anos. O nosso primeiro paciente em 1972, hoje tem 84 anos.

PCP: Quando esses pacientes chegam  aqui na unidade, em que estado normalmente a doença está?

ELISABETE: Normalmente os casos são de estado inicial não afetando a capacidade de locomoção dos pacientes, apenas aparentando manchas com perda de sensibilidade.

PCP: Como normalmente é o tratamento dessa doença?

ELISABETE: O tratamento é totalmente gratuito, consiste em uma medicação fornecida mensalmente pela nossa unidade de saúde. O paciente vem até a UBS, recebe a cartela e marca o acompanhamento no SISOP aqui da cidade. O período do tratamento é baseado no estado da doença. Um paciente que apresenta a doença em seu estado paucibacilar (onde há a ocorrência de menos de cinco manchas) tem um tratamento com duração de 6 meses. Outro que apresenta a doença em estado pluribacilar (mais de cinco manchas) tem o tratamento com duração de 1 ano.

PCP: Elisabete, você teria alguma história que você considera interessante, sobre algum paciente que já passou ou está em tratamento?

ELISABETE: Uma história interessante é a de um paciente aqui intitulado de M.F. Ele é caminhoneiro e está em tratamento à cinco meses. Ao procurar a nossa unidade de saúde, podia-se observar que sua doença encontrava-se em estado dimorfo onde a proliferação já estava bem avançada. Por conta da profissão, o paciente viajava muito a diversas regiões do país, o que fazia ficar em lugares fechados, sem ventilação e com pouca higiene, o que facilitou o aparecimento da doença. Ao perceber as manchas (que já eram mais de quinze) ele procurou o médico que diagnosticou-o com hanseníase. Ele está firme no tratamento, e sendo apoiado por sua mulher e filha, que com acompanhamento médico não contraíram a doença. Os sintomas que eram problemas nas articulações e de locomoção já começaram a sumir. Mesmo em tratamento ele leva uma vida normal, fazendo o que mais gosta: ser caminhoneiro.

PCP: Elisabete, você gostaria de deixar um recado para quem for ler esta matéria?

ELISABETE: Um recado que eu deixo a todos é a importância de observar seu corpo. Esse simples ato pode prevenir doenças como por exemplo a hanseníase, uma doença tão fácil de ser combatida e que tem o poder de "matar socialmente uma pessoa'', a fazendo não ter vontade nem de sair de casa. Ame e proteja seu corpo, assim você evitará sofrimentos futuros.

PCP: Assim encerramos nossa entrevista, com um enorme agradecimento à Elisabete que dispôs seu tempo para nos ajudar. Aqui falam os alunos da equipe PCP- Pacaembu contra o Preconceito, para toda comunidade interessada. OBRIGADO.

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